Milena Damasceno, enfrenta processo por abuso de poder político e econômico, enquanto Braguinha acumula decisões desfavoráveis durante eleições com envolvimento de facções criminosas.
A Justiça Eleitoral do Ceará já cassou outros cinco prefeitos. Quatro deles permanecem nos cargos porque estão recorrendo, entre eles, gestores de Abaiara, Aurora, Barbalha e Barroquinha. Em Senador Sá, a cassação foi rejeitada na primeira instância, mas o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) acatou recurso e o cassou. Há nova eleição marcada, para 6 de julho. O prefeito Bel Júnior (PP) recorre, mas foi afastado na semana passada. Poderá ser o primeiro município a ter eleição suplementar no atual mandato, e talvez abrir uma fila de novos pleitos no Ceará.
No início de abril, a Justiça Eleitoral determinou a cassação dos diplomas do prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), e do vice-prefeito eleito, Bruno Jucá, e também a realização de novas eleições no Município. Ambos acusados de envolvimento com facções criminosas durante as eleições. Amanhã, próxima terça-feira (2), o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) irá julgar dois processos que envolvem os mandatos do prefeito afastado de Santa Quitéria, Braguinha, e da atual prefeita de Ipu, Milena Damasceno. Braguinha, que já acumula decisões desfavoráveis em instâncias anteriores, poderá ter confirmada sua cassação por irregularidades eleitorais. O julgamento também deve definir a previsão para novas eleições suplementares em Santa Quitéria. Já a prefeita Milena Damasceno, de Ipu, enfrenta um processo por abuso de poder político e econômico, com parecer favorável à cassação emitido pelo Ministério Público Eleitoral. Caso a decisão do TRE acompanhe o parecer, o município também poderá ter novas eleições definidas.
No entanto, as decisões do TRE-CE não serão definitivas, pois ainda cabem recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ambos os gestores, portanto, poderão continuar recorrendo para tentar reverter os possíveis resultados.