“Agora, tem sempre os malucos ali que ficam com aquela ideia de AI-5 e intervenção militar. As Forças Armadas, os chefes militares, jamais iriam embarcar nessa porque não cabia isso aí”, disse o ex-presidente.
Malucos”. Foi assim que Jair Bolsonaro (PL) chamou os apoiadores do AI-5 e de uma possível intervenção militar durante seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 10, em ação que apura envolvimento do ex-presidente no planejamento de um golpe de Estado.
Bolsonaro editou, no final de 2022, o texto de uma minuta de decreto de golpe de Estado que mandaria para o xilindró uma série de autoridades, melaria a eleição que elegeu Lula e conferiria poderes excepcionais às Forças Armadas.
Apresentou um rascunho do documento aos comandantes militares, sendo rechaçado pelo general Freire Gomes e pelo brigadeiro Baptista Júnior e abraçado pelo almirante Garnier. Bolsonaro admitiu, hoje, ter procurado os três para agir contra as eleições, mas afirmou que não havia clima. Não é que ele não tentou, ele não conseguiu. Acreditava também, portanto, na intervenção militar até que ela indicou que não acreditava nele.