Troca é vista como estratégica para ampliar o espaço do MDB no governo e melhorar a articulação com o Congresso, diante de um cenário de desgaste político e queda de popularidade nas pesquisas recentes.
O governo deve novamente entregar parte de seu governo ao MDB, antigo PMDB. O PT, representante do atual governo, já fez duras críticas ao partido após levar Dilma Roussef ao impeachment. A mudança, que ainda não foi confirmada oficialmente, faz parte de uma reavaliação interna do governo Lula voltada à recomposição da base aliada e à reorganização política com foco nas eleições de 2026.
A possível nomeação foi mencionada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante conversas com aliados. A troca é vista como estratégica para ampliar o espaço do MDB no governo e melhorar a articulação com o Congresso Nacional, diante de um cenário de desgaste político e queda de popularidade nas pesquisas recentes. Renan Filho está no comando do Ministério dos Transportes desde o início do atual mandato e é considerado uma das principais lideranças do MDB no Executivo. Sua eventual chegada à Casa Civil, um dos ministérios mais centrais do governo, aumentaria a influência do partido no núcleo político do Planalto.
A movimentação faz parte de uma estratégia do Planalto com foco na campanha presidencial de 2026, quando Lula, prestes a completar 81 anos, deve tentar a reeleição para um quarto mandato. Nesse contexto, o MDB — partido com relevante presença no Senado e na Câmara — é visto como um aliado fundamental na construção de uma base sólida.