Além disso, Haddad vai elevar outros impostos para compensar o que não conseguir arrecadar com o IOF – e os líderes do Congresso, que sempre declaram ser contra aumento de impostos, acabaram concordando.
Motta e Alcolumbre haviam feito um ultimato e dado 10 dias para Haddad revogar o decreto do IOF, que entrou em vigor em 2 de junho de 2025. O prazo iria vencer nesta semana, na 3ª feira (10.jun). No fim de semana, Motta chegou a insinuar que iria colocar para votar um projeto de decreto legislativo que derrubaria a medida da equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que o Congresso é contra aumento de impostos.
O decreto que aumentou o IOF será todo revisto, e o governo e parlamentares decidiram compensar a perda de arrecadação com um pacote de medidas que deve incluir o aumento da tributação das bets, das fintechs e de alguns títulos de crédito, além do corte de benefícios tributários. Ainda é preciso bater o martelo com o presidente Lula (PT). Ministro combinou que o governo vai enviar uma Medida Provisória com as novas medidas tributárias para apreciação do Legislativo. Também será publicado um novo decreto com as mudanças no IOF, substituindo o anterior.
O acordo ainda deve ser referendado por Lula. Como o presidente volta de viagem oficial à França hoje à noite, essa conversa deve se dar amanhã manhã, de acordo com o ministro da Fazenda.