Segundo a PF e o MP-CE, o ex-vigilante Maurício Gomes tornou-se empresário e seria usado como interposto por ‘Bebeto do Choró’, e sua empresa MK Transportes movimentou R$ 318 milhões em contratos com prefeituras e fraudes em licitações públicas.
Maurício Gomes Coelho, empresário e apontado como ‘laranja’ de Carlos Alberto Queiroz, o ‘Bebeto do Choró’, e outras cinco pessoas são acusados de uma tentativa de homicídio na cidade de Canindé. A vítima sobrevivente era motorista do próprio político, atualmente foragido da Justiça cearense por outros crimes, e estava junto com Bebeto em um posto de combustíveis, minutos antes do ataque ocorrido no dia da eleição em outubro de 2024.
Apontado em um relatório da Polícia Federal como ‘testa de ferro’ do prefeito eleito para gerir Choró a partir de 2025, Maurício, também conhecido como ‘MK’ é um ex-vigilante, que se tornou empresário proprietário da MK Serviços em Construção e Transporte Escolar, com capital social de R$ 8,5 milhões. A vítima sobreviveu e relatou que já vinha sendo ameaçada por Maurício, inclusive com a tentativa frustrada de envolvimento de um chefe do Comando Vermelho para autorizar o crime, sob alegação de que o motorista era informante da polícia. Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, Maurício é usado como interposto por Bebeto, atualmente foragido, e sua empresa MK Transportes movimentou R$ 318 milhões em contratos com prefeituras.
Em outubro de 2024, a PF realizou buscas em seus imóveis em Fortaleza, encontrando máquina de contar dinheiro, sacolas e um celular com senha liberada. Ele foi preso em 8 de novembro em um condomínio de alto padrão com uma pistola 9mm, munições, colete balístico, rádios comunicadores e celulares.