Até a última sexta-feira (13), antes da reunião, o valor empenhado reservado para pagamento era de R$ 151,1 milhões. Já nesta quarta-feira (18), o montante é de R$ 667,4 milhões, uma diferença de R$ 516,3 milhões, sinalizando novo acordo.
Parlamentares apontam a demora na liberação das emendas como uma das causas para a deterioração na relação entre Congresso e Planalto. A maior parte dos recursos vem de emendas do Ministério da Saúde, que atualmente tem R$ 535 milhões liberados. Em segundo lugar, aparece o Ministério da Agricultura e Pecuária, com R$ 53 milhões. O levantamento foi feito com base nos dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) e do portal Siga Brasil.
Símbolo dessa fase é a derrota do governo na aprovação de um projeto de decreto legislativo (PDL) para derrubar o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), proposto pela equipe econômica. Segundo interlocutores, isso se deve ao fato de que a maior parte da liberação foi feita para honrar as “emendas panetone” – recursos foram prometidos no fim do ano passado para os parlamentares que votassem a favor do governo durante o pacote de controle de gastos.
Até agora, a maior parte destes recursos não havia sido paga e mesmo os petistas estavam chamando a modalidade de “emenda fubá”.