A CPI investiga a promoção de jogos de azar online feita por influenciadores digitais.
A influenciadora Virginia Fonseca disse nesta terça-feira (13) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets que não se arrepende dos anúncios que fez para empresas de apostas e que não tem como ajudar seguidores que pedem socorro após perderem dinheiro.
Com 53 milhões de seguidores só no Instagram (e um volume oito vezes maior de fortuna estimada em reais), a maior influencer do Brasil virou alvo (e atração) por supostamente ganhar dinheiro com a desgraça alheia. Ela é suspeita de assinar um contrato que previa uma taxa extra de remuneração sobre perdas de apostadores. Diante dos senadores, a estratégia era clara: fingir que não tinha ideia do que estava fazendo ali. Nem da gravidade das acusações. Para isso, foi vestida como uma garota que acaba de acordar e foi emburrada fazer a prova na escola —de óculos, moletom, cabelo solto e um copo Stanley rosa (não se sabe se lotado de Toddynho, água ou vento).
A CPI investiga a promoção de jogos de azar online feita por influenciadores digitais. A prática é considerada problemática, especialmente porque muitos dos seguidores são menores de idade ou pessoas vulneráveis a problemas com jogos. Além disso, também investiga eventuais irregularidades nos contratos de publicidade, que seriam atrelados ao quanto os apostadores perdem. Questionada por Thronicke sobre se ela se arrepende de alguma ação publicitária que fez para empresas do setor, Virgínia negou.