Superintendente do DNIT no Ceará anunciou que recebeu do deputado Eunício Oliveira (MDB) a liberação dos recursos para uma nova operação tapa buraco.
Problema antigo que já se arrasta por décadas, não é por acaso que o trecho da BR-020, entre Canindé e Tauá, foi classificado como péssimo pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em sua ultima pesquisa. Para se ter ideia do caos, a última recuperação total da pista aconteceu há 30 anos. De lá para cá, o trecho vem recebendo apenas recuperação com operações tapa-buracos. O que logo em seguida, após quadra invernosa, se deteriora com caminhões de carga pesada trafegando pelo trecho.
Outros trechos da BR-020, embora variem entre bom e ruim, já passaram muito de sua vida útil, que é de 10 anos. A operação tapa-buracos, que apenas ameniza o problema e não resolve definitivamente, é a única alternativa encontrada pelo DNIT por conta da escassez dos recursos vindos do Governo Federal. O Superintendente do DNIT no Ceará, Will Almeida, disse à imprensa em entrevista, que levou a Brasília um relatório completo sobre a qualidade da BR 020 e, à tarde, recebeu do deputado Eunício Oliveira a notícia sobre a liberação dos recursos para uma nova operação tapa buraco. O deputado federal Eunício Oliveira (MDB) confirmou a liberação dos recursos na casa de R$ 47 milhões para as obras de recuperação do trecho, entre os municípios de Canindé e Tauá. As chuvas que caíram no mês de Maio provocaram novos buracos na rodovia provocando dificuldades para motoristas, caminhoneiros e motociclistas que transitam pelo trecho que liga Canindé a Tauá, passando por Madalena, Boa Viagem e Pedra Branca.
Com exceção de Fortaleza até Canindé, o restante da BR-020 está com uma vida útil de mais de 20 anos — ou seja, o dobro do tempo que a pista pode suportar. “Todas precisam passar por recuperação, mas nós concentramos a verba em Fortaleza”, explica o DNIT. A sinalização precária, seja ela coberta por mato ou apagada pelo desgaste do tempo, é uma das conseqüências de estradas consideradas ruim de trafegar. O acostamento é um outro agravante e, no caso de Fortaleza até Canindé, perdeu-se o revestimento. Diante desse perfil das estradas que cortam o Ceará, somado ao do restante do País, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) concluiu, em sua análise, que a situação é de um grau elevado de deficiência. Há um comprometimento dos níveis de desempenho e segurança do setor de transportes. Mais especificamente sobre a situação da região Nordeste, um quarto de sua extensão, correspondente a 5.258 Km ou 24,4%, está em péssimo estado de conservação. Na região Sudeste, somente 2.260 Km foram considerados ruins.
